têm a palavra os médicos
Ou seja: os génios do SIADAP descobriram o seguinte milagre de resolução de problemas: uma pessoa está doente, vai ao médico e no momento da alta do hospital debruça-se sobre uma série de indicadores e escolhe os descritores adequados à pontuação referente à atitude profissional e de comunicação dos médicos.
Para além dos papéis com as prescrições médicas e dos que justifiquem as faltas profissionais, até à satisfação das receitas e ao mal-estar provocado pela maleita, o doente ainda tem que se concentrar numa avaliação que, para ter rigor, deve estudar previamente?
É claro que tudo isto passará por conhecer também os objectivos individuais do avaliado e relacioná-los com os da instituição hospitalar e com os desígnios do serviço nacional de saúde (ou do privado ou do social). Mas esta gente vai mesmo aos hospitais? Se não vai devia ir e exigir um internamento de longuíssima duração.
A saga do esmagamento burocrático das classes profissionais está apenas adormecida.
Atitude dos médicos vai contar para a avaliação de desempenho
"(...)A atitude profissional e comunicação dos médicos nomeadamente perante os doentes vai ser um dos parâmetros obrigatórios na avaliação de desempenho da classe, que só terá efeitos práticos em 2012, de acordo com a portaria que procede à adaptação do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho (SIADAP) aos trabalhadores integrados na carreira especial médica.(...)"