louça versus portas
No momento em que a crise financeira preenche o debate político, Francisco Louçã demonstrou estar bem preparado. Os seus argumentos sobre a reestruturação da dívida estão bem construídos e Paulo Portas foi politicamente atropelado.
Um detalhe que me ficou dos anteriores debates, foi quando Francisco Louçã foi firme no não pagamento da parte dívida derivada da corrupção (disse que se sabia bem quanto era) e em que José Sócrates, pasme-se ou não, o acusou de demagogia primária. A corrupção e a reestruturação têm pontos de ligação. Desde esse debate, e não por causa dele, já são muitas as figuras internacionais que defendem a reestruturação da dívida.
A não presença do bloco nas negociações com a troika foi bem explorada por Paulo Portas. Os partidos da esquerda têm de rever essas posições para se apresentarem como soluções de governo aos olhos dos eleitores.