ouçam
Os cidadãos que exercem cargos políticos nos países da União Europeia têm definitivamente de ouvir, mas mais do que isso: têm de perceber que o que nos levou à hecatombe não pode regressar incólume; há que mudar de vida enquanto há tempo.
O Norte de África e o Médio Oriente não são assim tão distantes. Os países da Europa do Sul já receberam os sinais das "gerações à rasca" e - como acontecerá no caso português - quando as campanhas eleitorais terminam há um rápido regresso ao real. Aqueles que glosaram com o facto de nada de drástico ter acontecido depois das manisfestações, que não se convençam que os protestos nunca atingirão outra dimensão. E mesmo os países mais fortes do centro da Europa que se cuidem: as campanhas eleitorais internas, que duram há meses, também terminarão e os palpites sobre as férias dos outros deixarão de anestesiar.
Zapatero diz que é preciso ouvir os manifestantes das Portas do Sol
A Junta Eleitoral proibiu as manifestações mas milhares de pessoas não lhe deram ouvidos e juntaram-se nas Portas do Sol, em Madrid. O primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, já veio dizer que “é preciso ouvir” os manifestantes.