e se os alemães?
E se os alemães tiverem, no mínimo, as contas bancárias tão descontroladas como as portuguesas? E se quem os governa andar, há muito, aflito e em campanha eleitoral porque o povo se apercebeu do desvario e não está lá muito satisfeito?
É bom colocar todas as hipóteses em cima da mesa para que a realidade não seja vista com palas nem com preconceitos.
Neste exercício de imaginação, podemos acreditar que o financiamento que a UE e o FMI disponibilizarem a Portugal pode entrar e sair à velocidade da luz e com destino à depauperada banca alemã. Há fortes suspeitas de que os bancos germânicos foram, pelo menos, tão desmiolados como os habitantes do sul da europa que se afirmaram como gastadores compulsivos e viciados na privatização de lucros e na nacionalização dos prejuízos. Há quem fale de corrupção ao estilo norte-americano. Pesquise por Joseph Stiglitz, por exemplo, que o prémio nobel dá a sua versão da trama.
O único problema de toda esta coreografia é que o financiamento passará por solo lusitano e deixará um rasto de destruição em cima dos mesmos de sempre.