call girl
Mas não resisto: entre uma abalada até à Foz do Arelho, uma tarde bem passada no sossego da minha casa ou uma ida ao cinema, tenho escolhido a última alternativa. Embora o inverno já não seja aquilo que foi, a ideia de antecipar as idas à Foz parece-me arriscada. Uma vez por semana, procuro ir ao cinema. Sou, minimamente, claro, criterioso na escolha, ou seja, não vejo tudo o que exibem: e isso limita-me. A sala está quase sempre vazia, vejo os filmes acompanhado de três ou quatro pessoas, no máximo.
Tenho visto poucos filmes realizados por portugueses: e isso aborrece-me. A produção é reduzida e a maioria das fitas não passa por aqui.
"Jogos de Poder" e "Call Girl" estavam em exibição simultânea: o primeiro já o tinha visto e "Call Girl" foi, então, a escolha possível. O realizador, António-Pedro Vasconcelos, é um nome que me merece respeito. Realizou filmes marcantes: "Oxalá", que reflectia o Portugal de depois da Revolução ou "O Lugar do Morto", que tem excelentes ideias de cinema.
O argumento é vulgar e exagera nos lugares-comuns. Enfim, um filme que se vê mas que rapidamente se esquece.