lateralizar
Nos 36 anos de democracia os aparelhos partidários usaram o Estado para se transformarem em máquinas enquanto a organização administrativa do país se afundava em regime de traquitana. Os últimos 20 anos aceleraram a tendência com um financiamento ilimitado e multiforme associado ao aumento do poder comunicacional.
Os dois grandes partidos aprimoraram-se. Este PS, também por ter um chefe exímio na manipulação e que aparenta um conhecimento profundo do pato-bravismo-financiador, afundou-se numa espécie de conto de fadas e, bem mais grave, arrastou o país consigo.
Se olharmos para o desastre educativo, vemos a tendência deste PS para a lateralização dos votos. Perdeu a maioria absoluta e continua a oferecer votos de forma acelerada. Os últimos dias foram paradigmáticos. A derrota natural na avaliação de professores foi mal digerida em termos mediáticos e a desfaçatez vai empurrando eleitores para as laterais. Ao elegerem o chefe com a votação que se conhece, arriscam-se a um resultado nas próximas legislativas que fará com que o que resta caia na real.