Sou franco: não sabia onde Miguel S. Tavares escrevia nem em que canal debitava opinião. Nunca li um livro seu e não me perguntem o motivo. Mas se levantar os olhos, e nem preciso de ir à base de dados, sei onde está a obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Ao longo desta difícil luta dos professores, o filho de Sophia escolheu os professores portugueses para um dos seus pogroms. O primeiro registo blogosférico que me chamou à atenção para o facto, foi este brilhante texto de José Luiz Sarmento. E nem assim fiquei com atenção. Este fim-se-semana o Expresso, que não li e continuo de boa saúde, tem um artigo de opinião desse senhor que inscreve uma mentira impiedosa sobre os professores e que levou a que Ana Mendes da Silva lhe escrevesse o email que pode ler a seguir.
"Sr. Miguel Sousa Tavares,
No dia 19 de Março afirmou, no jornal Expresso, e cito, "Você sabia que os professores recebiam 25 euros por cada exame corrigido?". Tal afirmação pressupõe da sua parte, pelo facto de ser MENTIRA (conforme facilmente constatará se consultar o despacho 8043/2010 de onde se estipula que os professores classificadores têm direito à importância ilíquida de €5 pela classificação de cada prova.), má fé ou ignorância. Em qualquer dos casos, resulta grave para a sua credibilidade como comentador/articulista.
No que concerne o conteúdo geral da sua crónica, escuso-me a comentá-la uma vez que não tenho o hábito de argumentar com pessoas a quem não reconheço terem um conhecimento minimamente sustentável do assunto em apreço.
Assim sendo, venho por este meio exigir a reposição da verdade exactamente nos mesmos termos e com o mesmo destaque que a falsidade produzida mereceu.
Sem mais assunto,
Ana Mendes da Silva, professora do GR 300 na Escola Secundária da Amadora"