"A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes estendem-se do café lisboeta preferido de Fernando Pessoa aos cafés de Odessa frequentados pelos gangsters de Isaac Babel. Estendem-se dos cafés de Copenhaga, diante dos quais Kierkegaard passava durante as suas pensativas caminhadas, até aos balcões de Palermo. Não há cafés antigos nem característicos em Moscovo, que já é um subúrbio da Ásia. Muito poucos em Inglaterra, depois de uma breve moda durante o século XVIII. (...)