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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da sobrevivência dos colégios "privados"

15.05.16

 

 

 

Os colégios "privados" apoiaram-se no poder político e beneficiaram da centralização do MEC ocorrida a partir do Governo de Durão Barroso que colocou a rede escolar em roda livre. Sem isso, teria sido difícil sobreviverem. Está documentado e ponto final. Veremos como termina o processo, embora se perceba, finalmente, toda uma nova abordagem ao problema mais próxima da realidade.

 

Os argumentos incluíam uma família de políticas educativas que não se circunscreveram ao "privado": liberdade de escolha, livre concorrência, mercado escolar, modelo de gestão escolar com entrada da partidocracia local, lógica do cliente escolar (tem sempre razão), mega-agrupamentos, publicação de rankings de exames (os vigentes, medíocres, só existem deste modo em Portugal) com ponderação sócio-económica apenas para as públicas, professores titulares, avaliação do desempenho de professores burocratizada e com quotas, infantilização do estatuto do aluno, afunilamento curricular e por aí fora.

 

As escolas públicas podiam ter feito mais para impedir 25 mil despedimentos, milhares de horários zero e afastamento da residência de outros professores dos quadros? Podiam. Desde logo, e em 2009 por exemplo, se tivessem impedido a implementação do modelo de gestão escolar. E foi por um triz. Mas isso exigia um texto longo para análise das variáveis e consequências. Mas há exemplos mais lineares e evidentes. Foi um erro, por exemplo, aplicar critérios de selecção de alunos de acordo com os resultados escolares esperados ou excluir alunos "problemáticos" ou com necessidades educativas especiais que "perturbassem" a atmosfera de treino para exames. Entrar no mesmo jogo "legitimou" os tais "privados" e reforçou a indústria dos exames como primeiro pilar do mercado escolar.

 

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