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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

inverdades em conjunto

13.12.10

 

 

 

 

 

 

 

Fiquei a trabalhar até tarde e um dos canais de cabo passava um debate entre Correia de Campos e Paulo Rangel. Inevitavelmente, o PISA2009 foi convocado.

 

Paulo Rangel começou por apresentar argumentos que provocaram incómodo em Correia de Campos. Logo que pegou na palavra, o eufórico ex-ministro da saúde advogou com o novo modelo de gestão para justificar o PISA2009. E para espanto, ou talvez não, Paulo Rangel anuiu. Ou seja: já nem se trata do euro-deputado do PSD não saber que o novo modelo se iniciou depois dos alunos terem realizados os testes PISA2009 (o que, quando muito, só abona em favor do anterior), o que está em causa foi a anuência imediata e com uma sentença: é bom que se sublinhe que os governos de Sócrates governaram a Educação com a agenda do PSD.

 

As pessoas que se interessam por estes assuntos devem saber que estes partidos lidam mal com a ideia de que o poder democrático da escola é, para além de tudo, uma construção da sociedade do futuro. O subconsciente do actual PS partilha dos valores que têm reservas em relação à democracia, que povoam uma boa parte da nossa direita e que nos arrastaram para o estado de falência em que nos encontramos.

 

Já se sabia que uma parte significativa do PSD e do CDS navegava nessas águas, mas o que me surpreendeu foi a existência de tantos militantes e simpatizantes do PS que não acreditam com convicção na democracia. E não estou a tirar conclusões apenas por causa da agenda da Educação. A cooperação estratégica tem um sentido bastante mais lato.


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