boas festas e aquele 2013
Tornou-se uma rotina recorrer a um post para significar as boas festas. Não é por uma qualquer racionalização que uso esta forma de ajustamento para os desejos de boas festas. É um post escrito com algum vagar e com a alma que sou capaz. Se o leitor não está com muita pressa, e mesmo que não nos conheçamos, vá até ao fim que a edição é dedicada a quem anda no mundo com boa fé.
A memória regista acontecimentos de sinal contrário e o olhar para cada ano não foge a essa condição. A saúde dos mais próximos instituiu um ano com poucas razões de queixa e só se pode desejar o mesmo registo para 2013.
A actividade cívica continua, e continuará, marcada pela luta em defesa da escola pública. Sei que este exercício não é fácil, mas percebi cedo que o belo é "sinónimo" de difícil. É uma actividade que requer muita informação e comunicação. Cansa um bocado. Ao longo dos anos estabeleci fortes e intensas relações com os meus amigos, mas nos últimos meses recorri a uma acentuada reserva por motivos que não me interessa invocar e até porque sei que são compreendidos.
Escolho para estes posts um vídeo que o meu saudoso pai gostasse de ouvir. Ele ouvia os Beatles e não escaparia à audição do vídeo que escolhi pela segunda vez. Sou adepto da esperança, "Hope of deliverance", do ex-Beatle Paul McCartney, cumpre essa opção e não será por acaso que o optimismo se colou à pele.
É uma combinação de esperança e de salvamento. Enquanto escrevo, ouço-o e emociono-me. Espero que vos contagie.
Tinha dezoito anos quando abandonei a família, os amigos e a cidade que me viu nascer. A bagagem transportava o estritamente essencial, os bolsos arrecadavam 50 florins holandeses (dois euros e meio) e aqui estou.
Boas festas e que 2013 seja o ano de viragem para um país que não envergonhe a democracia que tanto nos tem custado a preservar.