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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

só mesmo com um grande se

30.10.12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vi o ontem o jurista Paulo Saragoça da Matta, numa entrevista a Mário Crespo, defender a avaliação dos juízes. Fiquei com a ideia que é também professor de magistrados e advogou a pontuação dos seus pares como um caminho inalienável para a meritocracia e para os ganhos de credibilidade junto da opinião pública. No entanto, Paulo Saragoça da Matta foi enfático num se: é tudo muito interessante se (e frisou bem o se, arrastando-o até) o processo for sério.

 

Assisti a discursos semelhantes por parte de professores que nunca iam à génese da meritocracia, e muito menos à aplicabilidade destes modelos pontuáveis e infernais, e se deixavam envolver pelo temor de enfrentar a linguagem sedutora e bem-pensante dos totalitarismos. Há, como sabemos, modos de mobilizar pessoas que não passam pela meritocracia, só que dão trabalho e requerem convicções democráticas e alguma exemplaridade e competência.

 

O Governo reiterou ontem a intenção de pontuar os juízes pelo número de processos judiciais concluídos como um caminho para "o desta vez é que vai ser". Já estamos cansados desta parábola circular que volta e meia abala os alicerces da democracia que tanto nos custa a construir.

 

Ainda há dias manifestei a esperança na queda livre do espírito SIADAP com o fim da contabilização do número de multas na avaliação dos fiscais da EMEL. Disseram os responsáveis que o modelo teve "efeitos perversos"; pois.