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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

estavam por cá?

25.04.12

 

 

São sempre emocionantes as imagens relacionadas com o 25 de Abril e os sentimentos acentuam-se nos dias que o antecedem e no dia feriado. Este foi o ano mais difícil dos últimos 38. O empobrecimento, a vários níveis, é evidente. As intenções do Governo de aplicar uma "revolução tranquila" (que não significa lenta) associada a uma ideologia austeritarista "para além de troika" e ultraliberal, são contrárias aos ideais que se afirmam numa democracia que defenda as liberdades, que pretenda reduzir as desigualdades e que elimine a fome e a pobreza.

 

Prestei atenção às diversas declarações dos principais actores políticos. Como em todos nós, o olhar é sempre um raciocínio indutivo e procuramos perceber o que nos rodeia através do que conhecemos melhor.

 

Desde 2007 que os professores portugueses, e não a banca, por exemplo, foram os escolhidos para a salvação das contas do estado. Vi Jorge Sampaio e Ramalho Eanes, em Outubro de 2010, elegerem a avaliação dos professores como o principal problema das contas do país, enquanto milhares de professores fugiam com fortes penalizações a uma atmosfera dilacerante do tipo da France Telecom e que abalou fortemente o poder democrático da escola pública.

 

E podia ficar aqui a noite toda a perguntar por onde tem andado o espírito de Abril e tenho a sensação que muitos portugueses têm um sentimento semelhante sem qualquer intenção populista, demagoga ou sequer anti-política.