gritos
Quem acompanha este blogue sabe da preocupação em não expôr adversidades que atingem pessoas nem relacioná-las com a desregulação do que existe. Os posts sobre as agressões a professores ou alunos, escutam sempre a memória mais atenta para se tentar perceber se a anormalidade não está integrada na mancha maior da curva de Gauss.
É rara a semana onde um professor não exerce um qualquer grito inaudível, mas a amálgama que tem desenhado o sistema escolar está entretida com a falência não anunciada. Dá ideia que quanto mais grave for o disparate dos "reformadores", mais "alta" será a recompensa.
Chocou-me saber que duas professores de biologia numa secundária de Coimbra, uma de 47 e outra de 49, puseram termo à vida. É uma estranha coincidência. Pelo que pude ler, e foi a primeira vez que tive conhecimento do assunto, há uma qualquer relação com o ambiente profissional que se vive nas escolas portuguesas.
Fica neste post uma sentida homenagem, já que o silêncio parece ensurdecedor.